Para Águas Claras
Clareza alguma vejo em tuas águas
Vertidas sobre as ruas de um canteiro
Mais claras são de tristes minhas mágoas
Lembram-me o estio em fins de fevereiro
Águas Claras, te desnudo entanto
Pois que jamais de ti seria gestante
Cega, maldita em poeira, asfalto e espanto
A ladrilhar-te em vis falsos brilhantes.
Não vejo a Lua entre teus edifícios
O sol se enconde às sombras colossais
Câmeras, grades, teus portões, meus gritos,
Dão-me a certeza de que a vida é mais.
Eu tenho pernas, Águas Claras, duas
Eu sou maldita, artista, poeta e flor
Eu sou pequena e quero estar na terra
Pretensa és tu que elevas, perpetuas
Concretas férreas ruas sem amor
Na humanidade que esta vida encerra.
3 comments:
Bem , Águas Claras tem você, o La Salle, as jabuticabeiras...é um começo! Pra mim é tudo.
Linda a poesia. Vc sumiu do seu blog, pq?? Mto trabalho????
Bjos,
Juliana
é isso aí. detona essa cidade regis. uhuuuuuuu!!!
hehehehe
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