25.4.07

Setembro

Quero pintar o canto das cigarras
Numa tela branca, relembrando a paz.
Ver com os ouvidos o que não tem garras
A palavra dita que no eterno jaz

E morreria, relegando às falas
O ouvir com os olhos que o silêncio faz
Asas de fogo, meu cinzel de brasas
Esculpindo o sonho em corações sem mais

Corpo pulsante, e entrega os tempos idos
Confiança cega no braile da rua
Amando a sombra dos teus pés perdidos
Transformar-me em asas e cantar pra Lua

Ser grata à vida e a vida à luz que inspira
Deixar que flua amor e liberdade
Primavera e canto como troco à ira
Ser flora e orquestra na tua cidade.

Regi

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